quarta-feira, 31 de agosto de 2011
O Grupo Juventude, Política e Cidadania – JPC – Agrupamento Marxistas do PT, apóia a tese "INAUGURAR UM NOVO PERÍODO", feita para o Congresso da Articulação de Esquerda, e manifestando nossa solidariedade e respeito a todos os valorosos companheiros que redigiram tal documento.
E frisamos alguns pontos desta tese, que é primordial para que possamos avançar e ousar, pois não podemos ficar presos a paradigmas e a dirigentes:
1. O momento é de debate, (re)definição e (re)orientação. Hora de repensar rotinas políticas e ousar. Um novo impulso se impõe, um esforço coletivo para revigorar a capacidade de formulação programática e a incidência concreta da AE na definição dos rumos do PT, da esquerda, do seu diálogo e relacionamento com os movimentos sociais e com a luta socialista.
Não podemos nos esquecer que:
Atuamos em diferentes frentes e espaços políticos. Somos militantes, dirigentes partidários e do movimento social, estudantes, acadêmicos, parlamentares, gestores, enfim mulheres e homens – gays e lésbicas, jovens e adultos, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, negros e brancos, internacionalistas, radicais, socialistas – convictos da necessidade de valorizar nossas múltiplas identidades e trajetórias e de reafirmar nossa matriz ideológica.
O que nos une é muito mais forte do que simples doutrinas:
6. O que nos une é a possibilidade da construção de um programa no qual todos sejam protagonistas. Uma elaboração que parta dos princípios do marxismo, mas que não o transforme em bíblia, engessada, que comprometa os fundamentos básicos da dialética marxista. Propomos uma construção dialógica, em que se propõe novo programa e disposição política para absorver as críticas e observações existentes, venham de onde vier, um programa construído a muitas mãos.
Declaremos publicamente, que estamos de acordo com a tese Inaugurar um Novo Período no PT, e que é um momento oportuno para crescermos enquanto cidadãos e militantes, agentes de luta por uma transformação profunda na sociedade, este é o tempo de avançarmos nas conquistas do campo popular e socialista dentro de uma vertente marxista.
Por isso afirmamos que estes companheiros estão na Vanguarda desse projeto Socialista, dentro do Partido dos Trabalhadores, sendo iluminados pela esquerda partidária, onde não existe desigualdade entre direção e militantes, onde haja de fato respeito e valorização das pessoas, com capacidade de avaliar e criticar e discordar quando for necessário, entretanto respeitando a pluralidade de cada um dos integrantes.
Que possam ser respeitadas as decisões encaminhadas no ultimo Congresso da UNE, e defendemos de formar irrestrita o apoio ao Companheiro Guilherme, que foi eleito para a Direção Executiva da UNE e não concordamos com outra posição que não seja está, pois foi um processo construído por muitos, e não apenas por uma estrutura.
Acreditamos em um PT de Esquerda, Marxista, Popular, que se emana nas lutas sociais e populares, resgatando as origens e construindo novos patamares de lutas. Onde possam defender tod@s aqueles que sofrem com esse sistema perverso e excludente.
Assinado: Juventude, Política e Cidadania – JPC – Agrupamento Marxistas do PT.
Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2011.
sábado, 27 de agosto de 2011
Forças da esquerda do PT discutem aliança interna às vésperas do congresso do partido.
A próxima semana pode reservar surpresas para o PT e seus militantes. Além do congresso que reformará o estatuto do partido, foi convocado um seminário com a pretensão de unificar os grupos minoritários mais à esquerda em mais uma tendência interna ou campo político – no jargão petista, uma espécie de frente ou coalizão.
A proposta surgiu depois da cisão da Articulação de Esquerda (AE), com a saída de mais da metade da militância da tendência. A convocação para o seminário “Inaugurar um novo período no PT”, partiu dos dissidentes, e começou a receber sinalizações de apoio tão logo o racha foi divulgado. Nomes de peso, como Emir Sader, o líder da bancada, Paulo Teixeira, Jilmar Tato, deputado federal com grande influência no diretório municipal de São Paulo, o vice-governador e secretário da Cultura do Ceará, Francisco Pinheiro, e o ex-ministro Nilmário Miranda, hoje presidente da Fundação Perseu Abramo, confirmaram presença. Mas a programação lista um bom número de deputados federais e estaduais e atuais ministros, além de lideranças de movimentos sociais sem filiação partidária.
Segundo os organizadores do evento, a participação das “celebridades” nos debates não significa adesão à proposta em gestação de organizar uma nova força declaradamente socialista. Mas a programação divulgada ontem mostra que o movimento dos dissidentes da AE teve eco no partido em todas as regiões. A repercussão nas hostes petistas sinaliza a possibilidade de aglutinação de agrupamentos antes isolados em suas convicções, com reflexos de curto prazo na partição dos cargos da burocracia partidária e até na ocupação de espaços dentro do governo. Um desses grupos, a Tendência Marxista (TM), do vice cearense, Francisco Pinheiro, por exemplo, iniciou uma “paquera” com os dissidentes da antiga AE. Se acertarem os ponteiros com a TM os dissidentes já ficam maiores que eram quando integravam sua antiga tendência.
O ex-ministro José Fritsch, presidente do PT catarinense, aposta no discurso mais ideológico e no estreitamento das relações com os movimentos sociais como fermento para fazer crescer o bolo dos socialistas. “Queremos construir uma aliança interna sólida com os companheiros e companheiras que têm mais convergências do que divergências para disputar os rumos do PT e do governo Dilma”, explica Fritsch. Para ele a presença de lideranças de movimentos sociais não necessariamente filiadas ao PT, como João Pedro Stedile (MST), Tânia Slong e Rosângela Piovisani (Movimento de Mulheres), retrata bem o sentimento dos que desejam “inaugurar um novo período”.
Já o deputado federal baiano Valmir Assunção, liderança revelada nas fileiras do MST, a nova organização, seja na forma de tendência, seja na forma de campo – um conceito petista que pode reunir tendências sem que haja fusão – traz a novidade de congregar os mais diversos segmentos sociais. “Estamos convidando as mulheres, os sem terra, os sem teto, negros e indígenas, o movimento LGBT e todos os segmentos discriminados e que carregam o peso de atuar o preconceito e a criminalização”, explica o deputado.
O seminário dos socialistas do PT antecederá o congresso estatutário que vai deliberar sobre propostas polêmicas, como regras mais restritivas para a realização de prévias para escolha de candidatos a cargos majoritários. Será uma primeira oportunidade de avaliar o nível de coesão entre grupos mais ideologizados e menos pragmáticos que a frente hegemônica surgida após a crise de 2005 para restabelecer o controle do partido, unindo o antigo campo majoritário de Lula a outros agrupamentos que tradicionalmente faziam a disputa interna com os lulistas. Se o novo bloco se afinar, terá musculatura suficiente para ser o fiel da balança em decisões cruciais do congresso e da definição das estratégias eleitorais para 2012 e 2014.
Seminário Inaugurar um Novo Período no PT
1 e 2 de setembro (abertura às 9:30 h do dia 1 e encerramento às 12:30 do dia 2)
STIU (Sindicato dos Urbanitários) – SCS, quadra 6, lote 110, Ed. Arnaldo Vilares, 7º. Andar
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Padres austríacos se rebelam contra o Vaticano e exigem reformas na Igreja.
Padres austríacos se rebelam contra o Vaticano e exigem reformas.
Cerca de 300 padres na Áustria se rebelaram contra o Vaticano para exigir reformas, como a permissão do sacerdócio às mulheres e aos homens casados. A iniciativa, intitulada "Um chamado à desobediência", foi divulgada na internet em junho e vem contando com um crescente apoio de religiosos.
"Há uma grande insatisfação", explicou nesta quarta-feira (17/08) ao jornal Österreich o criador da proposta, o padre Helmut Schüller, antigo vigário-geral de Viena. Os padres insatisfeitos exigem que a Igreja empreenda reformas para se modernizar. Entre outras medidas, os padres envolvidos na iniciativa iniciarão seus ofícios religiosos com uma oração pela reforma da Igreja.
Schüller explica que o grupo foi forçado a tornar sua posição pública por conta da falta de ação da hierarquia eclesiástica, e calcula que dois terços dos dois mil padres do país compartilham as ideias da medida. O idealizador da proposta já fez duras críticas à Igreja por sua forma de tramitar os inúmeros casos de abusos sexuais realizados por religiosos que vieram à tona nos últimos anos na Áustria.
As críticas não demoraram a chegar, e para o monsenhor Egon Kapellari, bispo de Graz, "o chamado representa um perigo para a unidade da Igreja". O presidente da Conferência Episcopal Austríaca e arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, se reuniu com os representantes dos padres rebeldes, mas comunicou que "não concordava com a iniciativa e que não a defenderia em Roma", lembrou Schüller.
Na Áustria, os cidadãos devem notificar oficialmente se pertencem à Igreja Católica, e nos últimos 30 anos entre 30 mil e 50 mil fiéis deixaram as estatísticas católicas a cada ano. Desta forma 64,8% da população - 5,3 milhões de pessoas - se definiu oficialmente como praticante do catolicismo em 2010, enquanto em 1961 a taxa chegava a 87%.
A Igreja na Áustria se viu afetada por vários escândalos sexuais e de pedofilia nos últimos 15 anos, o que fez com que diminuísse muito sua credibilidade entre os fiéis.
Fonte: site operamundi - http://migre.me/5vL6p