NASCE UMA NOVA TENDÊNCIA NO PT
NOVA TENDÊNCIA AGREGA SOCIALISTAS DO PT
Os socialistas do PT organizados numa nova corrente interna encerraram ontem (sexta 2) à tarde o
seminário “inaugurar um novo período no PT” e já desembarcam no IV Congresso do partido
como a maior tendência da chamada esquerda petista. Ainda sem nome definido, a nova
organização já nasce com tamanho suficiente para fazer a diferença na política interna do
partido: tem um deputado federal, Valmir Assunção (BA) e paquera pelo menos mais dois
(Domingos Dutra, do Maranhão, e Padre João, De Minas Gerais), deputados estaduais (Mauro
Rubem, de Goiás, João Daniel, de Sergipe, Marcelino Galo, da Bahia, Rogério Correia, de Minas
e Anísio Maia, da paraíba, além de dirigentes estaduais do partido em mais de 15 estados.
Ao final do seminário foi aprovada uma resolução política com as primeiras definições da
organização, inclusive um congresso de fundação nos dias 3 e 4 de dezembro em local a ser
definido.
Fora da institucionalidade, o grupo agrega lideranças e militantes de movimentos sociais rurais
e urbanos. O novo grupo já nasce maior do que as organizações que lhe deram origem, e, a
julgar pelos depoimentos de cabeças coroadas do partido que desfilaram pelo seminário, e
tende a crescer até o congresso de fundação, marcado para 3 e 4 de dezembro. Eloy Pietá,
Gilnei Viana, Nilmário Miranda, Jilmar Tatto, Emir Sader, além do líder da bancada do PT na
Câmara, Paulo Teixeira, foram unânimes em ressaltar que há mais convergências do que
divergências entre si. A conclusão está sendo validada por uma das duas emendas que a
nova tendência apresentará ao congresso convocada para reformar o estatuto, instituindo a
paridade entre mulheres e homens em todas as instâncias partidárias. A emenda já ganhou
apoio de militantes e dirigentes de outras correntes, inclusive aliadas do CNB (Construindo um
Novo Brasil) para hegemonizar o poder no partido. O líder da bancada, Paulo Teixeira, é um
dos signatários.
Para o deputado federal Valmir Assunção, outros parlamentares, agrupamentos estaduais e
regionais e militantes independentes se agregarão no processo de organização do congresso
de fundação da nova tendência, em dezembro. O fermento para fazer crescer o bolo é a
decisão de conciliar a atuação em movimentos sociais e no próprio partido. “Não podemos ter
medo de crescer”, alertou, ao final do seminário.
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