Câmara homenageia mortos de Eldorado dos Carajás.
Em referência à luta dos 21 sem terras assassinatos em 17 de abril de 1996, mortos pela polícia militar do Pará, durante uma manifestação na PA-150, em Eldorado dos Carajás, os deputados Valmir Assunção (PT-BA) e Marcon (PT-RS) promoveram um ato político por reforma agrária e contra a impunidade com a presença de parlamentares, amigos e militantes do MST.
Na ocasião, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP) anunciou aos trabalhadores que a votação para a PEC 438, conhecida como a PEC do trabalho escravo, será feita no dia 8 de março. “Reafirmo a necessidade da reforma agrária. Precisamos sensibilizar os deputados”, disse.
Para Valdir Misneroviscz, da coordenação do MST, é importante que o conjunto dos parlamentares possam fazer um esforçço coletivo, não só para pressionar o Governo Federal, mas também para garantir que as pautas referentes à reforma agrária avancem no Congresso Nacional. “Se o Governo não tomar medidas, se não apresentar um plano que vá ao encontro de resolver os problemas, nós corremos o risco de ter outros massacres como esse. Ninguém tem mais moral de exigir paciência dos trabalhadores”, afirmou.
Para o deputado Marcon (PT-RS) todos os anos acontece um Eldorado dos Carajás diante do número de assassinatos contra trabalhadores rurais. Já o deputado Valmir Assunção (PT-BA) lembrou que os deputados precisam atuar para reverter o quadro de contigenciamento de 70% dos recursos do MDA/Incra.
Solidariedade
Militantes do movimento quilombola marcaram sua presença no ato político. Hoje, o STF julga a Ação de Inconstitucionalidade, impetrado pelo DEM, contra o decreto que permite a titulação das terras de remanescentes de quilombos.
Segundo Maria Rosalina dos Santos, da Conaq, a presença demonstra a solidariedade ao MST, diante da luta pela terra. “A nossa luta é por aquilo que nos tiraram. A nossa luta é comum”, disse.
A União Nacional dos Estudantes também afirmou seu compromisso com a luta dos camponeses. “Nos unifica o combate à ctiminalização dos movimentos sociais, a criminalização de quem se organiza. Da mesma forma que precisamos de qualidade no ensino, precisamos de reforma agrária”, disse Guilherme Guimarães, representante da Une.
Para Dom Maurício, representante da Ingreja Anglicana, só a reforma agrária pode trazer “transformações estruturais para o nosso País”.
Estiveram presente ainda no ato os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Luci Choinaski (PT-SC), Pedro Uczai (PT-SC), Carlos Puty (PT-PA), Fernando Ferro (PT-PE), Érica Kokai (PT-DF), Dr Rosinha (PT-PR), Padre João (PT-MG), Padre Ton (PT-RO) e Antônio Carlos Biffi
*Com informações do PT e MST
De: Valmir Assunção
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