sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

‪#‎NenhumaMulherMereceSerEstuprada‬



A declaração do deputado Bolsonaro (PP-RJ), em referência à deputada Maria do Rosário (PT-RS), é grave não só pelo conteúdo criminoso em plena semana que comemoramos os Direitos Humanos, mas também por que autoriza o machismo a perpetuar e naturalizar a violência contra as mulheres.

No mundo, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres sofrem ou já sofreram violência física ou sexual. No nosso país, contabilizamos 4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 7º lugar no ranking de países nesse tipo de crime. 

Na Bahia, conforme os dados do Núcleo de Atendimento da Defensoria Pública, nos seis primeiros meses do ano ocorreram 2.381 casos de violência contra mulheres, uma média de 13,2 casos registrados por dia.

Manifesto meu apoio à deputada Maria do Rosário e a toda bancada feminina da Câmara dos Deputados, deputado Valmir Assunção. 

Sou solidário às milhares de mulheres que, cotidianamente, sofrem com discursos e atitudes violentas advindas de uma sociedade machista.

Nossa tarefa é mudar esta realidade. Neste sentido, é preciso citar a Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, iniciado no último dia 25 de novembro. 

É momento de debater políticas que coíbam a violência. Precisamos não ter medo de falar de aborto e tratarmos esta questão de forma séria, pois estamos tratando de saúde pública. 

Mulheres não podem ser criminalizadas diante destas situações que envolvem o seu corpo, suas escolhas, ou mesmo suas condições sociais e financeiras.

Precisamos ser mais rígidos na punição a quem agride e comete feminicídio. A lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) está em vigor e ela é um dos instrumentos de política pública eficaz, mas que precisa ser abraçada por todos os que querem ver o fim da violência.

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