quarta-feira, 11 de março de 2015

Quem são os grupos que mobilizam para o dia 15?



Golpismo

Conheça alguns dos principais agrupamentos da extrema direita que estão organizando e dirigindo o movimento golpista

Não deveria haver dúvida para nenhum trabalhador do que está em jogo e sobre quem está por trás da manifestação golpista do dia 15. Escondidos atrás da bandeira do “impeachment” e impulsionados pela campanha sistemática de toda a imprensa capitalista (Veja, Globo, O Estado de S. Paulo etc) contra o PT, a organização desse “movimento” é formada por grupos de ideologia anti-trabalhador e anti-povo.

A Folha de S. Paulo, para fazer propaganda da manifestação golpista do dia 15, publicou matéria nesse dia 9 de março explicando quem são os principais grupos que estão organizando o ato pelo impeachment. Fica claro, qual é o conteúdo social e a ideologia dos grupos.

O “Vem pra rua, empresário” 

O primeiro grupo citado pela reportagem é o “Vem pra rua”. O grupo é formado por “empresários que preferem manter o anonimato” e a figura pública é o também empresário Rogério Chequer, 46 anos. Os outros grupos que participam do movimento golpista afirmam que o “Vem pra rua” tem o PSDB por trás, o que é negado pelo grupo. No entanto, nas eleições o “Vem pra rua” participou de passeatas pró-Aécio. Para bom entendedor... Não dá para ter dúvidas se um grupo de empresários tucanos está interessado em defender algum interesse, mínimo sequer, dos trabalhadores. 

O “torturadores Legalistas”

Outro agrupamento citado pela reportagem da Folha é o “Legalistas”. Esse é o grupo que junta os simpatizantes da ditadura militar. Eles defendem a tomada do poder pelos militares. Um dos organizadores, sargento de reserva da Aeronáutica, declara que “hoje não confia em nenhuma instituição do Estado além das Forças Armadas”. Esse é exatamente o discurso dos golpistas sempre que precisam justifica a ditadura militar. Claro que ninguém explica por quê no meio de tanta “lama” justamente os militares seriam os “puros de coração”. Nem precisa dizer que esse grupo, que estará presente no dia 15, é profundamente contra os trabalhadores.

O “MBL”, ou: Brasil para os estrangeiros

A reportagem mostra outra organização, chamada MBL (Movimento Brasil Livre). Se apresentam como “seguidores da Cartilha liberal” e adoradores de economistas neoliberais como Milton Friedman. Em suma, defendem as privatizações, o fim de todos os direitos sociais, a destruição econômica do País e a entrega de tudo para os capitalistas estrangeiros. É isso o que significa “seguir a cartilha liberal”. Apenas para constar, embora nem eles mesmos saibam, eles têm muito em comum com os que pedem a volta dos militares. O modelo econômico vigente nas ditaduras militares da América Latina, como Brasil e Chile, foi o da “cartilha” de Milton Friedman.

O “Revoltados sem causa do Facebook” 

Por fim, há ainda o “Revoltados”. Esse é o mais conhecido do Facebook. O dono da organização, um careca (em todos os sentidos da palavra) chamado Marcelo Reis, defende o golpe de seu flat de classe média no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo.

Pela radiografia dos grupos é possível tirar conclusões muito claras sobre o real significado do ato do dia 15. Não dá para ter dúvida que por trás de toda a histeria contra o governo do PT estão grupos de extrema direita, profundamente anti-operários e defensores de todo o tipo de política contra os trabalhadores e o povo pobre.

Com a desculpa de combater o PT, esses grupos, impulsionados pela imprensa, pelos partidos da direita (PSDB, DEM etc) e pelos grandes capitalistas, querem impor um regime duro contra o povo. Eles querem transformar os trabalhadores em escravos para encher os bolsos dos capitalistas. Querem a privatização total de tudo o que ainda não foi privatizado. Querem a volta dos militares para fazer tudo isso na base da força, da repressão, da censura, da tortura e do massacre dos trabalhadores.

Por isso, qualquer trabalhador, militante ou ativista não deve ter dúvidas. É preciso se posicionar claramente, denunciando os golpista que querem sair às ruas dia 15. É preciso juntar forças para combater o golpe, em defesa das reivindicações dos trabalhadores. É preciso sair às ruas dia 13, contra os golpistas, levantando a estatização da Petrobras, o fim das privatizações, o fim de todas as demissões, o controle operário das empresas, a reforma agrária e a defesa de todas as reivindicações operárias e populares.

Fonte: Causa Operária Online.

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