SOS no pronto-atendimento de urgência no estado do Rio de Janeiro.
UPA de Irajá chegou a fechar por falta de médico. Longa espera é queixa recorrente
Rio - Instaladas com a promessa de que garantiriam a saúde da população 24 horas por dia, as Unidades de Pronto- Atendimento (UPAs) encontram-se em situação de emergência. Pouca oferta de médicos, lotação e problemas nos aparelhos médicos são dificuldades que levam as unidades a pedir socorro.
Em Irajá, a presença de apenas um médico fez com que funcionários fechassem as portas da UPA para novos pacientes, cujo serviço deveria ser ininterrupto, às 20h de quinta-feira, como O DIA testemunhou. Na Ilha do Governador, em meio a uma sala de espera lotada na terça-feira, o raio-x quebrou.
Já na unidade de Campo Grande, Z. Oeste, lotação é queixa comum de moradores. Cansada das longas esperas nas filas da UPA de Ricardo de Albuquerque, Zona Norte, Valéria Carvalho, 45 anos, enviou e-mail a O DIA, relatando o martírio dos pacientes: “Deveria ter mais médicos. Em julho, minha filha estava com dengue e demorou 5 horas para ser atendida. Na portaria, nos atendem quase mandando ir embora”.
Falta de especialistas também afeta moradores do Complexo do Alemão, que são obrigados a ir para outras unidades. “Só atendem se temos febre. E não ter pediatra é absurdo”, pontuou Fátima Chagas,49. Na Penha, o quadro é o mesmo. “Estou com dor na coluna, e não tem ortopedista”, diz Sebastiana Santos, 77.
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