quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rio+20: Ahmadinejad ataca o FMI e defende nova ordem mundial.





Rio+20: Ahmadinejad ataca o FMI e defende nova ordem mundial

Jornal do Brasil


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fez seu discurso oficial na abertura da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20 - criticando a concentração de poder em um grupo minoritário e apelando para que uma nova ordem se estabeleça no mundo em nome de um futuro mais justo.

A presença de Ahmadinejad no Rio chegou a gerar protestos na cidade por suas fortes e conservadoras posições morais e religiosas. Em seu discurso, o presidente iraniano fez várias referências à religião e à necessidade de se enfatizar padrões de moralidade. "Nos reunimos aqui para melhorar o mundo, buscar remédios para curar velhas feridas da humanidade. O ser humano é a criação máxima do Todo Poderoso. Temos que aspirar um plano de construção do mundo mais justo economicamente", disse.

Ahmadinejad criticou o que chamou de "busca incessante pelo prazer e riqueza". "Isto leva a grande grau de animosidade. Se a teoria da sobrevivência prevalecer, estaremos sempre presos à busca pelo conforto material. Não devemos buscar a hegemonia às custas de outros povos".

O presidente do Irã também atacou o que chamou de "colonialismo e escravidão" impostos pela minoria que detém o poder, citando o sionismo e as guerras da Coreia, do Vietnam e do Iraque. "Isso leva cada vez mais a níveis elevados de pobreza no mundo. Um grupo minoritário de países está sempre impondo seus padrões. Se considera superior e impõe seus slogans e aparência, impõe planos para continuar sua ganância por riqueza a despeito de povos menos poderosos".

Ahmadinejad relacionou o atraso de certos povos com o excessivo desenvolvimento de outros, atacando a injustiça imposta a estas nações. Ele citou o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial como ferramentas de dominação. " O FMI e o Banco Mundial fazem parte deste conjunto de dominação estratégica. Queremos alterar o padrão de comportamento destes órgãos. A felicidade para uns não pode ser contra a felicidade para outros. A essência da sobrevivência humana é mostrar amor e compaixão, compartilhar riquezas e recursos. Ninguém tem o direito de arruinar o ambiente que pertence a todos. Nenhum estabelecimento deveria ter permissão para negar o conhecimento a outras".

O presidente do Irã defendeu a necessidade de mudar as regras do mundo para a construção  de um futuro melhor. "Precisamos agora tomar medidas para redefinir a humanidade. A ordem internacional precisa ser redesenhada. A justiça e a compaixão devem prevalecer no lugar da inveja e de egoísmo. A família deve ser reforçada".

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