domingo, 28 de dezembro de 2014

I Congresso Nacional da Esquerda Popular Socialista do PT.



Companheiras e companheiros,

Fica convocado o I Congresso Nacional da Esquerda Popular Socialista, cuja plenária final será realizada nos dias 18, 19 e 20 de abril de 2015, em Aracaju, Sergipe.

Pauta:

1) Conjuntura internacional e nacional: desafios do PT e dos movimentos sociais;
2) Organização da EPS, no contexto das lutas sociais e da vida partidária.

Obviamente, tendo o primado das lutas sociais de esquerda como guia, a pauta sinteticamente apresentada acima terá sempre como referência o fato de sermos uma corrente interna do Partido dos Trabalhadores, que dialoga com ações e lutas diversas, estas transcendentes à própria dinâmica partidária. Porém, é indispensável que colemos nosso debate interno à agenda política e e ao calendário do PT, já que nossa prioridade é a legítima disputa dos rumos do Partido. Tanto o PT precisa de se revolucionar em termos organizativos, ampliando sua capilaridade social e incorporando sua massa de filiados na construção de suas políticas, quanto a própria EPS necessita fazê-lo, em sua dinâmica interna. 

Realizaremos este Congresso da EPS numa conjuntura riquíssima e de aprofundamento da crise de acumulação do capital, em nível de mundo. E que terá impactos na crise brasileira. A conjuntura inaugurada pelas jornadas populares de 2013, pela campanha eleitoral acirrada em 2014 e pelos embates de projetos ideológicos antagônicos que cercarão o segundo mandato de Dilma Rousseff, deve ser apropriada por toda nossa militância e área de influência. Nada substitui o esforço de construção coletiva para a compreensão dessa complexa realidade social inaugurada, principalmente, a partir de 2013 no mundo e em nosso país. 

O Partido dos Trabalhadores dialoga com os impactos do processo eleitoral e seus desdobramentos. Isso é muito positivo. Reconhece-se - ainda que timidamente - que as bases analíticas, teóricas e, até mesmo conceituais, que nortearam a hegemonia partidária até então merecem ser objeto de balanço. Abrem-se, portanto, imensas possibilidades de diálogo interno ao PT, para avançarmos à esquerda. E tais aberturas demandam também a coesão interna da própria EPS, para sua melhor contribuição ao Partido.

O Congresso é, nesse sentido, o conjunto da militância da EPS em reunião. Eis porque as fases municipais, as estaduais, reuniões e debates setoriais são decisivas à democracia interna e ao esforço de apropriação coletiva de toda essa reflexão; devendo ser preparadas com a garantia de pleno acesso às teses, tribunas de debates  e contribuições formalmente enviadas para a divulgação no processo de Congresso.

As plenárias estaduais do I Congresso Nacional da EPS deverão ser realizadas até, no máximo, no último final de semana de março. As municipais deverão ser realizadas até o o primeiro final de semana de março. Em todas elas deverão ser eleitas coordenações para a dirigir os trabalhos da tendência até a realização da II Conferência Nacional da EPS.  Importante será adotar a postura ampla de convite a amigos da Tendência, lutadores dos movimentos e aliados internos.  E também à utilização de instrumentos que possibilitem a mais ampla contribuição, especialmente nas redes sociais.

O Regimento Interno será deliberado pela DN, via consulta eletrônica, em cima de proposta pela Comissão Organizadora indicada na reunião de Fortaleza.

Caberá à Comissão de Organização submeter à Comissão Executiva da DN um planejamento básico para a divulgação de teses, recolhimento e distribuição de contribuições ao debate da pauta, à base de uma plataforma de internet que garanta o acesso de todos os textos produzidos internamente, à toda militância.

Medidas concretas para a viabilização da infraestrutura, transporte, hospedagem e alimentação de delegados e observadores, a partir do esforço coletivo de cada estado da Federação.

Companheiros e companheiras, o empenho de cada uma e de cada um é condição para que esse esforço coletivo e nacional de elaboração teórica e política seja exitoso. Atrair para nosso debate aquilo que de melhor foi produzido no Brasil e no exterior sobre a conjuntura mundial e a nacional, sobre as fraturas do sistema do capital, sobre as lacunas da esquerda, ou seja, nos apropriarmos disso, é algo que demandará iniciativa individual e e ações coletivas.

Dedicamos este I Congresso da EPS à militância que, de uma forma ou de outra, enfrentou a Ditadura Militar, sofrendo por isso todas as consequências que já são de conhecimento público: perseguições, mortes, tortura, prisões, exílios, discriminações diversas etc.

Que os melhores exemplos dessa militância nos inspire na realização de nosso I Congresso!

Mão à obra!!!

Saudações Socialistas
Dezembro de 2014
A Comissão Executiva da CN/EPS

Nenhum comentário:

Postar um comentário