sexta-feira, 15 de março de 2013

Romário pede explicações sobre relação de Marin com a ditadura.

 
Deputado Federal e ex-jogador do Flu continua com pulso firme contra a CBF.
 
 
O deputado federal Romário (PSB-RJ) propôs na tarde desta quinta-feira (14), durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, que o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, explique seu envolvimento com a ditadura brasileira (período em que o Brasil foi governado por militares, de 1964 a 1985), e com a morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado enquanto estava preso. O deputado quer que Marin seja convidado para uma audiência pública no Congresso sobre o assunto.

O site da CBF divulgou uma nota nesta quarta-feira (13) contestando acusações de que Marin teria defendido a prisão Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo no dia 9 de outubro de 1975, quando era deputado estadual. O jornalista foi assassinado na prisão em 25 de outubro de 1975, durante o regime militar.

O filho de Vladmir Herzog, Ivo Herzog, lançou na internet um abaixo-assinado pedindo a saída de Marin da presidência da CBF por causa de sua relação com o governo militar. Marin chegou a ser governador de São Paulo durante a ditadura.

- Muita gente não sabe, mas o senhor Marín, antes de entrar para o milionário negócio do futebol, chegou a ter algum destaque como político. Ele presidiu a Câmara de Vereadores de São Paulo e, antes de se tornar governador do Estado, foi deputado estadual pela ARENA, o partido da ditadura - afirmou Romário em seu discurso.

- Com certeza muita coisa ainda falta ser esclarecida, e a sociedade brasileira tem o direito de conhecer toda a verdade. Muitos de nós parlamentares, bem como a Presidente Dilma e o conjunto da sociedade brasileira, têm interesse em saber se o senhor José Maria Marín, hoje presidente da Confederação Brasileira de Futebol, manteve, naquele período, alguma relação com os órgãos da repressão, como, por exemplo, o DOI-CODI - disse o deputado no plenário da Câmara. "E também se ele contribuiu com crimes de violação dos direitos humanos no país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário