quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Câmara de Nova Iguaçu fará audiência sobre legado de Dom Adriano.




Companheiros (as) Participem conosco !!

Câmara de Nova Iguaçu fará audiência sobre legado de Dom Adriano.

Com documentários e depoimentos dos que conviveram com o Bispo, o vereador Arthur Legal/PT em parceria com a Ong Com Causa e a Diocese de Nova Iguaçu, provocarão esse histórico debate sobre legado do Bispo Dom Adriano Hypólito, no próximo dia 1º (Primeiro) de Dezembro de 2014, 14h, no plenário da Câmara Municipal de Nova Iguaçu. 

Reunião p/ organizar a Audiência Pública sobre a história de Dom Adriano Hipólito.



Reunião para organizar a Audiência Pública, tendo como tema o legado de Dom Adriano Hipólito para Nova Iguaçu e Rio de Janeiro.

Organização: Mandato Popular do Vereador Arthur Legal.

Com: Matusalém Santana Junior, Cosminho Sigolis, Rosane Campos, Flavio Silva, Allan Rocha, Valério Quirino e demais companheiros. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Prefeito do PSDB de São Jerônimo da Serra (Paraná) é denunciado no TJ por 73 crimes.



Ação é resultado da Operação Sucupira, que investiga desvio de dinheiro público por políticos e empresários daquela cidade

MARCELO FRAZÃO, DO JORNAL DE LONDRINA

O prefeito de São Jerônimo da Serra (80 km de Londrina), Adir dos Santos Leite (PSDB), foi denunciado no Tribunal de Justiça por 73 fatos criminosos relacionados a desvios de dinheiro público. A denúncia é resultado de investigação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que no início de agosto prendeu seis pessoas, sendo três vereadores, dois filhos do prefeito, além do próprio chefe do Executivo municipal. Depois, Leite foi libertado com fiança de R$ 6 mil.

O prefeito foi denunciado apenas agora por ter foro privilegiado – ele não pode responder na Justiça local pelas acusações. 
Na semana passada, o Gaeco e o Ministério Público já tinham denunciado criminalmente outras 39 pessoas e agentes políticos por diversos crimes cometidos no esquema.

Veja também:

Família de prefeito de São Jerônimo e outras 56 pessoas são indiciadas pelo Gaeco.

Gaeco denuncia 39 suspeitos por 73 crimes em São Jerônimo da Serra
Na ação, Leite é acusado por crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa.

Segundo os promotores, o prefeito de São Jerônimo comandava uma organização que agia “direcionando procedimentos licitatórios para empresários previamente escolhidos, os quais favoreciam a concretização dos desvios de insumos e serviços”. A acusação traz fatos, documentos e depoimentos que mostram como o grupo abastecia carros particulares e de terceiros com recursos que deveriam ser utilizados no abastecimento da frota municipal, além de vários outros crimes.

Para a Promotoria, o esquema começou na posse do prefeito, em 1º de janeiro de 2013, até meados de agosto de 2014, quando os crimes foram descobertos e denunciados. A reportagem não conseguiu contato com o prefeito no início da noite desta terça-feira (2).

sábado, 15 de novembro de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA com o Tema "A VIDA e a OBRA do Bispo Dom ADRIANO HIPÓLITO".



AUDIÊNCIA PÚBLICA:
No próximo dia 1º (primeiro) de Dezembro de 2014 (2ª Feira), a partir das 14 horas, será realizada em NOVA IGUAÇU a AUDIÊNCIA PÚBLICA com o Tema "A VIDA e a OBRA do Bispo Dom ADRIANO HIPÓLITO" - (A repressão da ditadura em Nova Iguaçu e toda Baixada), com exibição de um DOCUMENTÁRIO e seguido DEBATE na Câmara Municipal, audiência pública proposta pelo vereador ARTHUR LEGAL.

Direção Nacional da Esquerda Popular Socialista (EPS) se reúne com o presidente do PT, Rui Falcão em Brasília.



Valmir e EPS fazem balanço das eleições com o presidente nacional do PT em Brasília.

A direção nacional da Esquerda Popular Socialista (EPS), tendência interna do Partido dos Trabalhadores, que tem o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) como uma das principais lideranças da corrente em nível nacional, se reuniu com o presidente nacional Rui Falcão nesta quarta-feira (12), na sede do PT em Brasília. 

O encontro entre os políticos debateu o balanço das eleições gerais de 2014 em todo o país e a relação dos trabalhadores com os movimentos sociais. “Estamos ampliando esses debates com o partido nacionalmente para apontar estratégias para o novo governo da presidenta Dilma. 

A intenção é aproximar, cada vez mais, os movimentos sociais da gestão e que esses participem das decisões importantes, seja no aperfeiçoamento de serviços, seja na ampliação de políticas públicas para quem mais precisa. Também analisamos a vitória esmagadora de Rui Costa e Dilma na Bahia, onde o PT segue o seu projeto de sociedade”, frisa Valmir.

O encontro em Brasília contou com a participação, além do presidente Rui Falção e do deputado federal Valmir Assunção, da secretária de Cultura da Juventude do PT, Bruna Brezolim, do deputado estadual de Goiás, Mauro Rubem (PT-GO), do presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Vicente, da membro do diretório nacional do PT, Sheila Oliveira, e dos representantes da direção nacional da EPS, Cleberson Zavaski, Luis Carlos e o baiano Ivan Alex, que também é secretário de Finanças do PT na Bahia. 

“Esse é mais um passo dado para a participação popular no governo federal. Precisamos abrir cada vez mais esse espaço de diálogo para enfrentarmos os debates em pauta no país atualmente, principalmente sobre a reforma do sistema político”, completa Ivan Alex.
#‎EPSdoPT‬

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A Vida e a Obra de Dom Adriano Hipólito.



 De Adriana Serafim

A Baixada Fluminense é um lugar corriqueiramente identificado com adjetivos negativos, porém a criatividade, solidariedade e fé na vida marcam muito mais quem a conhece. Também é uma região que concentra uma população imensa e heterogênea.

D. Adriano Hipólito uma voz na defesa dos direitos humanos.

Nesse território se destaca D. Adriano Hipólito, terceiro bispo da diocese de Nova Iguaçu. Dom Adriano Hypolito nasceu na cidade de São Cristóvão – Sergipe, em 18 de Janeiro de 1918. Aos 14 anos entrou para o Convento dos Franciscanos e foi ordenado Padre em 18 de outubro de 1942, em Salvador. Em novembro de 1962 foi nomeado pelo Papa João XXIII, Bispo Auxiliar de Salvador, participando do Concilio Vaticano II, em Roma, entre 1963 e 1965.

Em 1966 foi nomeado terceiro Bispo da Diocese de Nova Iguaçu – que na aquela época, era formado por sete municípios da Baixada Fluminense – onde atuou por 28 anos. Ao tomar posse propôs um trabalho pastoral que dessa resposta aos problemas da Baixada.

No período em que fez parte da Diocese de Nova Iguaçu, defendeu os direitos humanos, atacando veementemente a ditadura ao lado de bispos como Dom Helder Câmara, Paulo Arns, Waldir Calheiros e Pedro Casaldaliga. E, exatamente por isso, foi sequestrado e torturado pela ditadura militar em 22 setembro de 1976, ocasião em que foi abandonado nu, e pintado de vermelho, no bairro carioca de Jacarepaguá.

As intimidações não cessaram e o semanário litúrgico A Folha, de 29 de maio de 1977, foi falsificado aos milhares e distribuído nas igrejas da Baixada Fluminense e enviado para várias partes do Brasil. No dia 19 de junho do mesmo ano, por determinação do Comandante do 1° Exército, foi cancelada uma conferência sobre Direitos Humanos para a constituição de uma Comissão de Justiça e Paz, que seria realizada no Centro de Formação Líderes – CEFOR, no bairro Moqueta, em Nova Iguaçu.

Além disso, seu clero, família e amigos sofreram várias ameaças. E, embora um jornal denominado Movimento, tenha denunciado um tenente da Vila Militar, até hoje ninguém foi processado e julgado pelos atos covardes praticados contra Dom Adriano.

Dom Adriano faleceu em 10 de agosto de 1996, foi um protetor das minorias, apoiou vários movimentos sociais e é uma referência como defensor dos diretos humanos na Baixada Fluminense e que viveu realmente a opção pelos mais necessitados, como podemos notar com a saudação que o mesmo costumava utilizar para fechar as grandes celebrações:“Viva Jesus Cristo. Viva o nosso Povo sofrido da Baixada Fluminense”.

Na breve biografia sobre D. Adriano constatamos sua atuação como bispo na defesa dos direitos humanos na Baixada através da organização de um trabalho pastoral que desse resposta aos problemas vividos por seu rebanho. Essa atuação se pautou, principalmente, por ações de valorização dos moradores da região.

D. Adriano atuava diretamente cobrando das autoridades intervenção e soluções. A frente da diocese de Nova Iguaçu “acolheu” perseguidos políticos, em alguns casos empregando-os na estrutura diocesana, atuou como articulador de diferentes lideranças dos bairros onde a Igreja estava inserida, o que resultou num dos mais bem sucedidos movimentos populares do Rio de Janeiro, o Movimento Amigos do Bairro – MAB, intervinha junto as autoridades quando havia ocupações urbanas de terrenos para garantir aos sem teto a posse da terra – fato que contrariava o interesse dos loteadores e grileiros.

O bispo atuou com rigor em relação à violência. Quando se tratava dos crimes cometidos pelo Esquadrão da Morte, cobrava diretamente das autoridades a investigação, elucidação dos crimes e punição dos culpados; contrariando a principal ideia propagada de que o esquadrão atuava contra marginais. Promovia debates públicos, pesquisas, organização de arquivos. Enfim, D. Adriano atua no sentido de romper com a estrutura da violência dando voz, lugar e identidade as vítimas daquela modalidade de violência.
Oferecer hoje uma homenagem em sua memória é um ato de reconhecimento por parte do Estado do Rio de Janeiro da importância do seu trabalho como cidadão e religioso. Precisamos divulgar seu legado e dar as gerações o direito de conhecer sua história. Também é importante para a produção de uma historia que forje outra memória sobre a região da Baixada Fluminense valorizando a sociedade civil organizada e aqueles que lutaram na defesa dos direitos humanos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Torturado quando bebê, morre vítima mais jovem da ditadura no Brasil.



Carlos Alexandre Azevedo pôs fim a sua vida no sábado (16), aos 40 anos. Ele foi a vítima mais jovem a ser submetida à violência por parte dos agentes da ditadura militar. Tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista

O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/02/13), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos. Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social. Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.

Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar. ‘Travessias torturadas’ é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar.

Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura. Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista. Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos. Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.

Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família. Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.

Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos.

Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço. Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou. Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente.

Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.
Para não esquecer

O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16. Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.

Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais. Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.

A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.

A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos. No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos. Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.

A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça. Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo. Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani. 

Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/torturado-quando-bebe-morre-vitima-mais-jovem-da-ditadura-no-brasil.html